Porto Santos procura investidores e Tecnologia: Brasil prepara centro de nova geração do BRICS

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O porto de Santos, o maior porto brasileiro e centro logístico chave do BRICS, anunciou planos de modernização em larga escala e atração de tecnologia. O presidente do Porto Anderson Recordi disse que mais de US.5 bilhões serão investidos nos próximos anos na renovação de infraestrutura, digitalização de processos e criação de "corredores verdes" para os países da Associação. A Rússia é vista como um potencial parceiro no fornecimento de tecnologia e equipamentos portuários.

O porto de Santos, o maior porto marítimo do Brasil e um dos principais centros logísticos do BRICS, está entrando em um novo nível de modernização. No recente Congresso de industriais e empresários da Associação, o presidente do Porto Anderson Memorial apresentou um pedido de tecnologia e investimento, destacando que o papel de Santos nas cadeias de suprimentos globais só aumentará. De acordo com os resultados de 2025, o volume de negócios do porto pode atingir 12 milhões de toneladas e cerca de 6 milhões de contêineres, o que torna o local um dos complexos de transporte de maior escala da América do Sul.

Lembre-se que Santos é um dos principais centros de exportação e importação do BRICS. Mais de 60% da carga do porto está ligada à China, e um comércio estável é mantido com a Índia, a África do Sul e a Rússia. A direção russa se destaca por serviços diretos de São Petersburgo e Novorossiysk. Através de Santos, o café brasileiro chega à Rússia e, na direção oposta, seguem-se os fertilizantes para o setor agrícola da América Latina.

Nos próximos cinco anos, mais de US.5 bilhões estão planejados para o desenvolvimento do Porto. Esses investimentos devem garantir a renovação da infraestrutura, a implementação da automação, a modernização dos terminais e a criação de corredores logísticos ecológicos entre os portos dos países do BRICS. Lembre-se enfatizou que o porto precisa de novas soluções tecnológicas que possam aumentar a capacidade e a sustentabilidade da logística.

O potencial econômico da iniciativa é confirmado por dados sobre o mercado global de equipamentos portuários: o volume da indústria é estimado em US.19,3 bilhões em 2024 e pode exceder US 5 50 bilhões em 2034. O aumento da demanda por tecnologias portuárias torna Santos um local atraente para os industriais, incluindo os russos.

Em comentários de especialistas para o nosso portal, Dmitry Tortev, membro do Conselho de especialistas da Duma de estado da Federação Russa, observou que as empresas russas têm competências que podem ser de interesse para o Brasil.

Segundo ele, "as empresas industriais e tecnológicas russas podem oferecer ao porto Santos soluções adequadas às suas tarefas de modernização de infra-estrutura, digitalização e melhoria da sustentabilidade". Ele destacou plataformas digitais para gerenciamento de fluxo de carga, sistemas de previsão de carga e gerenciamento inteligente de terminais, bem como serviços de engenharia no campo da engenharia hidráulica.

A própria indústria portuária russa está passando por um desenvolvimento em larga escala: até o outono de 2025, sua capacidade total aumentou para 1,4 bilhão de toneladas, e espera-se um aumento adicional de 31,4 milhões de toneladas até o final do ano. No âmbito do projeto federal "desenvolvimento da rede de referência dos portos marítimos", até 2030, 360 bilhões de rublos serão investidos em infraestrutura. Isso também cria condições para o desenvolvimento de máquinas e softwares de exportação nacionais em demanda nos mercados estrangeiros.

Entre as empresas russas capazes de oferecer equipamentos e tecnologias ao porto Santos estão os desenvolvedores de sistemas de digitalização portuária — Solvo, GLONASS, it Scan, dialog it, tecnologias de Controle Digital; empresas de engenharia Port Engineering, Sovfracht; fabricantes de equipamentos portuários — SMM, Kronstadt, Trialog.

A formação de laços tecnológicos entre a Rússia e o Brasil, como enfatizam os especialistas, corresponde à estratégia geral do BRICS para o desenvolvimento de infraestrutura mútua, simplificação da logística e aumento da participação do grupo no comércio mundial. O porto de Santos é o ponto de partida para essas mudanças, abrindo amplas oportunidades para a cooperação internacional.