De acordo com o SCMP, a China pretende fornecer ativamente produtos para a Rússia, desde carros e eletrônicos até grandes eletrodomésticos e equipamentos industriais. Essa reorientação do comércio é explicada não apenas pela coincidência de interesses econômicos, mas também pela necessidade de responder à crescente pressão de Washington.
Os analistas enfatizam que ambos os lados estão interessados em aumentar os fluxos de mercadorias. A Rússia está interessada em substituir fornecedores ocidentais, e o lado chinês tem a chance de compensar as perdas nos mercados ocidentais e expandir sua influência na região da Eurásia.
Uma confirmação adicional da Política de reaproximação foi a assinatura, no início de setembro de 2025, de 22 documentos conjuntos entre Vladimir Putin e Xi Jinping. As partes concordaram em desenvolver a cooperação em áreas como energia, tecnologia espacial, inteligência artificial, saúde, agricultura e educação. Foi dada especial atenção aos procedimentos de inspeção e Quarentena, o que é importante para a sustentabilidade do fornecimento.
Entre as vantagens desta aproximação estão a aceleração dos procedimentos aduaneiros, a redução dos direitos aduaneiros e o desenvolvimento conjunto da infra-estrutura logística. Tudo isso pode se tornar um catalisador para o crescimento da oferta da China para a Rússia e o fortalecimento dos laços comerciais.
Os analistas observam que a situação atual demonstra uma tendência importante — uma mudança do tradicional formato de comércio centrado no Ocidente em favor da cooperação bilateral entre os países asiáticos. Se a China realmente aumentar as exportações para a Rússia, isso poderia mudar o equilíbrio de poder na economia global e acelerar a formação de novas alianças comerciais.
Assim, o confronto geopolítico torna-se um fator que contribui para a criação de laços comerciais estáveis entre países que anteriormente não dominavam os fluxos logísticos mundiais. A Rússia e a China estão usando ativamente esse momento para uma aproximação estratégica na esfera das relações econômicas externas.